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Depeche Mode - Sounds of The Universe

Depeche Mode - Sounds of The Universe

Décimo segundo álbum da banda trintona tem altos e baixos

É sempre com muita antecipação e ansiedade que você pega pra ouvir pela primeira vez um disco novo de uma daquelas bandas que você literalmente cresceu ouvindo. E é sempre ótimo quando se percebe que eles ainda conseguem chamar a sua atenção.

O Depeche é uma daquelas bandas que muita gente realmente cresceu ouvindo. Não é a toa que qualquer turnê que eles façam até hoje gera disputa imensa atrás dos ingressos e lota qualquer estádio. Eles são como o KISS da música eletrônica.

Quase trinta anos já se vão e as melodias electropop carregadas do imaginário ora apaixonado ora masoquista do Depeche continuam sendo montadas e remontadas em camadas de synths que usam a voz de Dave Grahan como fio condutor. Problemas? Ah, claro, eles existem. Às vezes o Depeche Mode se leva a sério demais, no melhor estilo U2 de ser - ops, desculpe a ofensa! Não foi por mal... Mas o Depeche fica melhor mesmo quando os rapazes relaxam e deixam a veia pop falar alto.

Sounds of The Universe não é o melhor disco da banda, não é um disco revolucionário e tampouco vai ficar na primeira posição de melhores de 2009. Mas também não envergonha, não causa embaraço, e, graças à Deus, não faz com que você sinta vontade de jogar até mesmo aquela sua edição japonesa raríssima banhada a ouro de Music For The Masses pela janela.

depeche


Este décimo segundo álbum do grupo tem justamente nestas faixas mais pop seus melhores momentos, muitos dos quais beirando a perfeição. Pequenas melodias eletrônicas criando uma ambientação perfeita pra ouvir no escuro e bem acompanhado, mas também pra dar aquela agitada necessária no início de uma noite promissora. "In Sympathy", "Little Soul" e "Wrong" vão ser daquelas que o público vai cantar em uníssono nos shows, com vocais cativantes e a sonoridade reconhecível à longa distância, com o DNA da banda impresso em cada acorde.

Wrong:



"Peace" chega a lembra o Depeche dos tempos "Just Can Get Enough" (oh meu Deus!), meio Gary Numan, meio Kraftwerk, com vocais quase gospel - um gospel S&M é claro. "Fragile Tension" é outra delicia pop, enquanto "Miles Away - The Truth Is" difere hamoniosamente das outras faixas do álbum mas também faz bonito.
Peace:

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